Claudia Goldin, da Universidade Harvard, Recebe o Nobel de Economia de 2023 por seus Estudos Impactantes sobre a Equidade de Gênero no Mercado de Trabalho
- Andrea Gimmel
- 18 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Claudia Goldin, renomada professora da Universidade Harvard, foi agraciada com o Prêmio Nobel de Economia de 2023, em reconhecimento aos seus estudos pioneiros sobre a equidade de gênero no mercado de trabalho.
Aos 77 anos de idade e nascida em Nova York, Claudia Goldin obteve seu PhD na Universidade de Chicago e atualmente é codiretora do Grupo de Estudos sobre Gênero na Economia do National Bureau of Economic Research (NBER).
Os estudos da Dra. Goldin revelam que uma das principais razões para a persistência da disparidade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres, conhecida como "gender gap", é o momento crucial em que as mulheres precisam tomar decisões cruciais para suas carreiras, muitas vezes quando ainda são jovens e enfrentam escolhas relacionadas à maternidade, entre outras.
A Mulher no mercado de trabalho
Ao longo de sua pesquisa, que se baseia em mais de 200 anos de dados nos Estados Unidos, Claudia Goldin descobriu uma tendência fascinante na participação feminina no mercado de trabalho, representada por uma curva em forma de "U". Contrariando a expectativa de uma progressão linear, Goldin demonstrou que, após um período inicial em que as mulheres estavam ativamente envolvidas no trabalho agrícola familiar, houve uma queda significativa na participação das mulheres casadas no mercado de trabalho durante a transição para a sociedade industrial no século XIX.
No entanto, com o advento do setor de serviços no início do século XX e o acesso ampliado à educação, as mulheres foram novamente atraídas para o mercado de trabalho. Goldin também destacou o papel crucial da pílula anticoncepcional no aumento da participação feminina, proporcionando às mulheres maior controle sobre o planejamento de suas vidas e carreiras.
Apesar dos avanços, a maternidade continua sendo um ponto crítico na perpetuação do "gender gap", com obstáculos significativos no avanço profissional das mães. Goldin aponta que a maior parte da disparidade salarial entre homens e mulheres hoje ocorre entre mulheres que desempenham as mesmas funções, principalmente após o nascimento do primeiro filho.
Claudia Goldin junta-se a um seleto grupo de mulheres laureadas com o Prêmio Nobel de Economia, incluindo Ellinor Ostrom, em 2009, e Esther Duflo, em 2019, cujos trabalhos influentes abriram novas perspectivas no campo da economia e da equidade de gênero.





Comentários